sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
SIC Notícias 10 Anos - Conferência
"10 Anos que mudaram o mundo”
Reconhecendo a "situação difícil" que os media tradicionais atravessam, por via da "fragmentação de tempo" dos consumidores e do menor investimento publicitário nos meios, Pinto Balsemão sublinhou no entanto que "mais do que nunca é preciso seleccionar" informação e tratá-la "com regras deontológicas", com a existência de sanções em casos de infracção. Ligação pela internet vai ser cada vez maior. Televisão tal como a conhecemos, sem se criar a própria agenda vai continuar, pois as pessoas também querem horários fixos.
Estudo no Reino Unido demonstra que os trabalhadores de escritório vão aos inbox de e-mail e aos telefones móveis, 30 vezes por hora, o que é considerado um exagero segundo Pinto Balsemão. Isto para comprovar que as pessoas têm de dia para dia uma maior dependência das tecnologias.
Num mundo que vive actualmente "em ritmo alucinante", e que, no caso dos media, viu surgir uma "invasão de novos meios devido à evolução tecnológica", Pinto Balsemão alertou para cuidado na selecção da informação, pois muito do que se lê na internet não considerado informação.
Ainda no que refere aos conteúdos virtuais, o presidente da SIC sublinhou que se criou o hábito de que na Internet "nada se paga", pelo que os direitos de autor "não são respeitados". Mais um alerta também para o plágio, em que os autores não são protegidos.
Sobre a SIC Notícias, que assinala esta semana dez anos de actividade, Pinto Balsemão afirmou que é a sua maior "marca e referência" de trabalho na primeira década do século XXI.
A conferência "Uma década de jornalismo - o que mudou e vai mudar", dos dez anos da SIC Notícias, contou posteriormente com uma intervenção do editor de política da estação britânica Sky News, Adam Boulton, que sublinhou a necessidade de "inovar" no sector dos media, em concreto na televisão, face à evolução tecnológica recente. È necessário que os noticiários adquiram formatos apelativos, caso contrário não conseguirão sobreviver.
O jornalista, editor de Política na Sky News desde 1989, analisou dois modelos que, a seu ver, definem um canal de notícias: um de "domínio global", de consolidar uma marca a nível mundial, como disso é exemplo a CNN, e um segundo mais focado, como a própria Sky News, que sempre se focou preferencialmente como um "serviço de notícias britânico".
Nos últimos 10 anos o jornalismo mudou, antes não havia tantas tecnologias e as pessoas apenas viam noticias, ou comprando o jornal ou vendo o jornal televisivo às oito horas da noite. Nos últimos anos, as pessoas criaram hábitos diferentes. Agora vão à internet para obter informação. E acabam por deixar um pouco de lado os métodos mais convencionais, nomeadamente a imprensa e a televisão. Pois através da Internet consegue-se aceder a tudo.
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